sexta-feira, 27 de julho de 2012

Quando as férias começam


 
 Picasso

No início das férias, o tempo parece durar mais. Com menos horários a cumprir,  menos olhadelas para o relógio...

No tempo em que tudo parecia ser duradouro, havia regressos de férias com desejo de descanso...  para férias!

A crise trouxe coisas muito más, como reduções de salário, a supressão dos subsídios de Natal e de férias para muitos funcionários públicos... o fantasma do desemprego, a deslocação (quase) forçada de muitas pessoas em busca de trabalho...

Atualmente, os gastos são quase sempre mais ponderados. Porém, ainda há quem fique com dívidas para passar férias em locais turísticos distantes.

Como, no geral, os gastos têm de ser mais contidos, haverá a tendência a valorizar o que está mais perto de nós. E, muitas vezes, o que está próximo merece bem o nosso olhar e o nosso apreço.

Aqui, às portas do Porto, do rio e do mar, neste final de julho não muito quente, sento-me e escrevo estas palavras sobre as férias, pensando nas maravilhas que estão ao nosso alcance.

Em férias, as palavras parecem mais leves, calmas e claras  (sobretudo para quem as escreve). Tal como a maresia. Ou será uma maré de necessária esperança?

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