Lembro-me do onze de Setembro, há dez anos. Estava na escola. Preparava-me para uma ação de formação. Chegou uma colega e falou do horror que estava a ser vivido em Nova York. Julgo que às primeiras imagens ainda não se chamava terrorismo. Pensava-se que um avião tinha desviado o rumo e embatido, desgovernado, nas Torres Gémeas. A partir daí, as imagens começaram a passar nas televisões até à exaustão. Lembro-me dos gritos, da queda de corpos rente às paredes dos edifícios atingidos... As pessoas, caindo, pareciam de papel. Era evidente a imensa fragilidade do que até aí parecia seguro, belo e consistente.
As sirenes, as ambulâncias, as pessoas a fugir, as nuvens de fogo e de poeira… são sensações que ficarão.
A partir desse momento, qualquer ruína passaria a ser menos surpreendente. E ter medo também.
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