Valter Hugo Mãe: “Agarrei-me à prosa como a algo de salvação”.
Acabo de ver uma entrevista, na televisão, com Valter Hugo Mãe.
Há uns dois ou três anos, frequentei uma Comunidade de leitores na Biblioteca Municipal de Gondomar sobre novos autores da Literatura portuguesa.
O coordenador era este jovem escritor. Tocou-me a sabedoria, a palavra certa, a atenção com que ouvia as pessoas e a repercussão de tantos ecos do mundo. Parecia um menino grande à escuta e, quando falava, um sábio organizador de ideias. Não abstratas nem afastadas do homem comum, mas concretas, vivas e necessárias.
Nessa altura, foi realizado um Encontro de Linguística no concelho de Gondomar. Pedi-lhe que fizesse uma comunicação. Respondeu que sim com simpatia e naturalidade. Antes da sessão, mostrei-lhe um poema de um aluno. Disse que era superior a muitos que recebia.
Hoje, ao ouvi-lo, registei algumas das suas frases. Disse muitas mais com interesse, porque usa as palavras dando-lhes humanos sentidos. O seu modo de falar ativamente tranquilo ajuda a compreender uma das frases ditas:
“Não me interessa morrer cedo ou tarde, o que quero é morrer completo”.
Também vi e fiquei com vontade de ler e conhecer melhor (o problema é que o tempo não me deixa). Também registei algumas palavras, frases e cruzei-as com algumas memórias recentes, algumas comuns como se pode ver em http://carruagem23.blogspot.com/2011/07/vi-um-homem-livro.html
ResponderEliminarBj
Olá, Vítor
ResponderEliminarSim, de facto, andamos todos a correr atrás do tempo. E o pior é que ele cada vez foge mais.
Quanto ao valter hugo mãe (por força de hábito, no texto escrevi o nome com maiúsculas), já li o penúltimo livro dele: O Apocalipse dos Trabalhadores. Ele é surpreendente. Sábado, ouvi uma entrevista com ele na antena 2. Sempre que o oiço, tenho vontade de conhecer melhor a obra dele. Depois, lá vem o problema do tempo... bj dmariana