Nunca vi esta palavra escrita, mas ouvi-a muitas vezes quando era criança e adolescente. Hoje procurei-a num dicionário online, mas também não estava lá.
Pois bem, a minha mãe usava-a muito quando nos via, a mim e à minha irmã, a fazer coisas que para ela não tinham importância, em vez de fazermos o que ela entendia que devíamos fazer.
Por exemplo, mandava-nos regar os vasos - as plantas sempre foram essenciais para a minha mãe - e se demorávamos a recortar, por exemplo, fotos de atores e atrizes de cinema do JN, que o meu pai comprava todos os dias, logo ouvíamos. ‘Acabem com essas milicanquices’.
Ontem, domingo, estive em casa. Gosto muito de ficar em casa ao domingo. Organizo a mente, ao mesmo tempo que organizo a mesa da sala agora com trabalhos para apresentar numa escola, a propósito de um livro infantil. A minha mãe diria que eram milicanquices. Ou talvez não. As pessoas mudam com o tempo. Tenho pena de já não poder falar com ela sobre o assunto. E de lhe perguntar se foi ela que inventou a palavra Milicanquices. Cá para mim, foi porque as palavras para ela também eram essenciais, embora não tanto como as plantas.
Como é bom cuidar de um jardim. A minha mãe possui um e é mágico.
ResponderEliminarBoa semana!
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Até mais, Emerson Garcia
Que bom, então, JJ
ResponderEliminarDesfrute dele, sempre que puder. A sua mãe também deve ficar contente.
Boa semana!