Oiço pouco trânsito na rua. Na casa ao lado, de vez em quando ouvem-se crianças a brincar. Junto de mim, sobre a mesa da cozinha, está uma caixa com folhas de papel que, desde que aqui estou, fui recortando de revistas antigas (em breve, direi para quê).
A meio da tarde, liguei o rádio na antena 2 à hora em que falam de língua portuguesa e de literatura. Nada melhor para uma tarde de um sábado tranquilo em casa. Para mim, é claro.
Depois, na rubrica 'A força das coisas' de Luís Caetano, houve uma longa entrevista com Isabel Lucas que trabalha no Público e escreveu novo livro sobre viagens. Agora o espaço visado é o Brasil e alguns dos seus autores, como Graciliano Ramos, Guimarães Rosa e outros.
Foi uma longa e interessante conversa sobre os diferentes lugares que a autora visitou para construir o seu livro, sobre as pessoas com quem conviveu, sobre as muitas histórias ligadas a essa viagem de trabalho e de encantamento.
Uma conversa calma cheia de emoção, em que os livros e os seus autores são bons companheiros para o prazer da leitura e para ajudar a conhecer as pessoas, as terras, os hábitos, a cultura. E, realço, o diálogo foi sempre claro, amistoso, culto, vivo, mas sem pressas. Tão raro, meu Deus!
O programa acabou e a noite já escureceu a janela. Vou fechar a caixa dos recortes das folhas, que ainda vai a menos de meio. Sinto vontade de ler um bocadinho. Com a força que vem de coisas assim.
Não conheço o programa, mas fiquei com curiosidade.
ResponderEliminarAbraço, saúde e bom fim de semana
É muito bom, Elvira. Fala-se de língua portuguesa e de livros com amor por estas coisas.
EliminarUm abraço e boa semana
Quando se gosta do que se está a falar é saboroso ouvir, como é bom ler um livro quando a narrativa nos parece ser emocionante.
ResponderEliminar.
Cumprimentos poéticos … bom fim de semana.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Concordo consigo, Ricardo. Quanto mais se sabe sobre um assunto, o que se diz torna-se melhor e, aparentemente, mais simples.
EliminarBoa semana
Que relato doce e chamativo. Quem dera estar ai, ouvindo um belo bate papo aos zanzares de crianças e adocicados ares de um sábado.
ResponderEliminarEu aqui no Brasil, estou começando a assistir o escurecer do dia, num leve barulho de chuva.
Forte abraço
Olá, Calebe. É sempre bom quando as suas palavras amigas atravessam o Atlântico.
EliminarBoa semana, bom trabalho e muita saúde.
Um abração
Ora muito bom. Adorei a publicação! :)
ResponderEliminar-
Tento esquecer de quem não me merece
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Beijos e um excelente fim de semana!
Olá, Cidália.
EliminarOxalá tenha tido boa semana e que a que agora começa também seja boa.
Um beijinho
Foi uma tarde descansada. E gratificante. Que nos relatou serenamente.
ResponderEliminarA rádio faz-nos companhia. Também aprecio A Força das Coisas que, em boa hora, alguém me recomendou. Amplia-nos a mente ouvir quem sabe mais do que nós e tem uma mundividência diferente e muito mais detalhada. Não perco um. Mas, durante o tempo ameno quebro a corrente; neste momento devo-me a mil e uma tarefas em espera desde o verão e que urgem antes do frio a sério. Entretanto, as emissões de verão aguardam-me em pousio e, nos dias mais frios, oiço-as no portátil, as mãos ocupadas noutra coisa. Gosto da forma como Luís Caetano dá espaço, das músicas que entremeia e, em geral, das pessoas que escolhe. Da jornalista e escritora em causa julgo que não li nada, apenas assisti a uma mesa redonda que moderava na Gulbenkian e bem pouco deu para conhecê-la. Mas folgo em saber que tenho programa tão auspicioso em espera.
Bom dia, Maria. Aguardamos as suas folhas de outonais recortadas de revistas (fizemos algumas coisas do género quando ainda no ensino primário).
Bom dia, Bea
EliminarManuel da Fonseca tinha razão quando escreveu o conto 'Sempre é uma companhia'. Um dia destes, tenho de o reler.
Também gosto muito do programa, apesar de nem sempre o poder ouvir. É bom ficar em espera para quando se está mais disponível.
É bonito essa afã de outono. Apesar de todas as mudanças (algumas climáticas e nada boas), as estações ainda têm voz. Felizmente. Fazem-me lembrar a história da formiguinha, a casa de lavoura das minhas tias antigamente, etc. E algumas coisas aqui em casa, é claro.
Também não conhecia a jornalista Isabel Lucas. Tenho ouvido falar dela a propósito do novo livro sobre viagens também literárias que escreveu.
Quanto às folhas, ontem recortei mais. Já tenho pouco por onde escolher papel com todos de verde.
Oxalá não desmereçam as fadas!!!!
Boa semana, Bea, e que os trabalhos de outono prossigam bem e calmamente.
Gosto da programação da Antena2, é interessante, culta sem ser pretensiosa, e diversificada.
ResponderEliminarConcordo, Justine. Às vezes não sei os horários dos programas, mas quando vou no carro e está a dar uma conversa que me agrada, já ganhei o dia!
EliminarBoa semana