Há muito tempo que o grupo tinha o hábito de se encontrar à hora do almoço. Todos trabalhavam nas imediações e foram-se conhecendo em circunstâncias várias. À hora do costume, chegavam, sentavam-se e havia sempre peripécias do dia para contar. Os empregados do restaurante já lhes conheciam os hábitos.
Naquele dia, a conversa foi para casos de família. Como já sentiam à vontade uns com os outros, Mina não se ficou pelo anedótico. Também não fazia muito o seu género. Falou do pai. Que nunca tinha ouvido um elogio da boca dele. E que lhe dizia com frequência e com ar recriminatório que era uma desajeitada, ao contrário das filhas dos amigos. A sua mágoa era grande.
Os dias sucederam-se. Também os almoços e as conversas. Um dia, Mina, num estender do braço, partiu um copo. A água jorrou sobre as calças da colega do lado que, perante o incidente, logo disse: o teu pai tinha razão, és mesmo desajeitada.
Mina nunca mais foi almoçar com o grupo.
É em casos assim que nos arrependemos de desabafar as mágoas!!
ResponderEliminarImagino como deve ter-se sentido a Mina.
Um beijinho e noite descansada, Mª Dolores.
Sim, tantas vezes dizemos para os nossos botões: se eu sabia, não dizia nada!!
EliminarE ninguém gosta de ouvir mais uma vez o que já se ouviu vezes de mais.
Uma tarde boa, Janita, ouvindo coisas boas e bonitas.
Um beijinho
Uma infeliz comparação!!!... Bj
ResponderEliminarBastante. Muitos de nós já o fizemos, se calhar. Depois, a vida vai ensinando que o melhor é pensar antes de o dizer.
EliminarUm beijinho, Gracinha.
Pobre Mina que não aguenta um comentário infeliz.
ResponderEliminarDeve-lhe ter parecido outro ralhete e disso, coitada, já devia estar mais do que farta.
EliminarBoa tarde de quinta-feira, Bea, e viva o verão!
Pessoas insensíveis existem às carradas...
ResponderEliminarUm texto que contém uma verdade incontestável, há pessoas que não são capazes de um gesto de carinho ou de consideração pelos outros.
Continuação de boa semana, amiga Maria Dolores.
Beijo.
E muitas vezes essas pessoas são de grande exigência para com os outros.
EliminarUm abraço, Jaime, e bom final de semana.
Colega muito insensível. Espero que a Mina tenha encontrado outro grupo muito melhor com quem almoçar
ResponderEliminarum beijinho e um bom dia amanhã
Deus queira que sim. E que encontre outras minas de convívio mais abertas. Que também as há, felizmente.
EliminarUm beijinho, Gábi.
Uma frase que pode ser traumática!
ResponderEliminar.
Perco-me na doçura do teu sorriso
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Beijo e um excelente dia
Boas férias, se for o caso! :)
Sobretudo se traz ao de cima outros traumas.
EliminarUm beijinho, Cidália.
Lindo texto!
ResponderEliminarObrigada.
EliminarLindo texto!
ResponderEliminarObrigada, António.
EliminarA Mina teve toda a razão, se confessou essa fragilidade, não era para que ela fosse explorada, ainda mais por quem se diz amigo/a.
ResponderEliminar~CC~
Às vezes, nem reparamos como um par de palavras pode magoar. Sobretudo se a mágoa é já antiga.
ResponderEliminarBom fim de semana, CC.
As pessoas têm a tendência de só ver os defeitos. De certeza que além de desajeitada, a Mina também era muita coisa positiva!
ResponderEliminarBeijinhos:))
De certeza que sim, mas tende-se muitas vezes a reter os defeitos e, o que é pior, lembrá-los.
ResponderEliminarUm dia de domingo bem positivo, Isabel. Beijinho