Quando eu era menina e moça, de longos cabelos muito negros, vi numa revista (julgo que foi na Flama) um concurso de textos. Já não me lembro qual era o tema, mas aderi logo e tenho bem presente o assunto que abordei no pequeno texto que escrevi e enviei. Em jeito de manifesto, discordava do facto de as raparigas não irem estudar porque se considerava que o destino das mulheres era a vida doméstica e esta dispensava estudos.
Ainda não existia o ensino obrigatório para todos, como, felizmente, viria a acontecer embora muito mais tarde.
Na altura, o meu texto foi selecionado e, como prémio, recebi em casa um frasco de Bien-Être. Senti-me orgulhosa. Até poderia ser reconhecida na rua (nem que fosse só na minha) pelo cheirinho da água de colónia Bien-Être! Nem sei se ainda continua à venda.
E depois, quando me li na revista, fiquei ainda mais feliz por ser a autora do texto que tinha partilhado sobre aquele assunto que era e continua a ser muito importante para mim. Li-o e reli-o. Foi quando reparei no uso do verbo ter. Em vez de 'têm', eu tinha escrito e enviado 'tenhem'. Estava, obviamente, corrigido.
Já tinha esse jeito e vontade da escrita...
ResponderEliminarO Bien-Être ainda existe. Estive muitos anos sem o ver, mas agora voltei a vê-lo em alguns hipermercados. É uma colónia que está ligada à minha infância (por motivos que um dia conto) essa e a Água de Colónia de Lavanda, que vinha num frasco verde escuro.
Até fiquei com vontade de comprar um frasco!
Boas memórias!
Beijinhos e um bom dia:))
Olá, Isabel. Há tempos, deram-me um frasco de Lavanda (verde escuro, sim) e fiquei contente, porque já não via essa água de colónia há muito tempo. Fico à espera que conte, então, essas memórias com perfume.
EliminarUm beijinho e um fim de semana bom e descansado.
Gafes... qualquer um as comete.
ResponderEliminarO importante é o conteúdo, a mensagem. E foi por isso que ganhaste o perfume.
Lembro-me do Bien-Être. Os emigrantes de França traziam-no para oferecer (tal como o Tabu, que tinha um cheiro muito forte...). Pesquisei e fiquei a saber que ainda se vende em França como água de colónia. Há frasquinhos de várias cores. Há uma portuguesa que envia, mas diz que o porte é caro...
Bom fim de semana, querida amiga Maria Dolores.
Beijo.
Obrigada, Jaime. Era mais desconhecimento da minha parte, mas, aprendi com o erro. Lembro-me também do Tabu, embora tenha mais presente o Bien-Être.
ResponderEliminarAbraço e feliz fim de semana.
É bom recordar. Também me lembro do Bien-Être, embora nunca tenha usado.
ResponderEliminarMas o artigo foi bem escolhido. Era realmente assim, os homens estudavam as mulheres aprendiam a cozinhar para serem boas esposas. Pelo menos nas famílias de classe alta e média. Eu não tive tempo de aprender nada, pois comecei a trabalhar aos 11 anos. Primeiro numa quinta, a guardar gado a troco de vegetais e frutas, depois aos 12 anos numa fábrica de cortiça, onde tinha que me esconder atrás das pilhas de cortiça sempre que os inspetores lá iam, aos 13 fui trabalhar para o armazém da lenha na Seca do Bacalhau e aos 14, idade legal para trabalhar comecei a trabalhar na Seca do Bacalhau.
Abraço e saúde
Obrigada, Elvira, pelo testemunho. O seu percurso deve ter sido duro. Felizmente mantém uma alegria e um entusiasmo pela vida fantásticos. Parabéns.
EliminarEu também não fui estudar logo a seguir à primária, embora gostasse muito. Daí ter sentido o problema que tentei abordar. Eram tempos muito difíceis a muitos níveis. Agora, apesar de todos os males, estamos bem melhor, na minha opinião. E todas as crianças e jovens terem acesso à escolaridade é fundamental. Conheço pessoas muito inteligentes que ficaram sempre com um grande desgosto por não terem estudado.
Um grande beijinho, Elvira. Muita saúde e um fim de semana muito feliz.
ResponderEliminar.Não conheço esse perfume. Mas acredito que seja muito suave e agradável. Parabéns pelo prémio que ganhou, tenho a certeza, com todo o mérito.
Cumprimentos poéticos.
Cuide-se
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Obrigada. Já foi há tantos, tantos anos, mas há coisas que nos ficam na memória.
ResponderEliminarPara si também e um feliz e poético fim de semana.
Gostei bastante do texto. Muito obrigada :)
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Fome de viver, de respirar ...
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Beijos e um excelente fim de semana:)
Obrigada, Cidália.
ResponderEliminarBeijinho e feliz fim de semana.