Apesar de ser uma das figuras bastante ligada à minha infância e adolescência, já não a via há muito tempo.
Por causa de um trabalho, em que ela poderia colaborar com fotografias antigas, fui a casa dela, não muito longe da minha.
Ficámos no jardim.
Disse-me para me sentar junto dela. Não, era melhor ficarmos afastadas. Pois é, a pandemia. E conversámos e recordámos e rimos...
Sim, claro, ia procurar as tais fotografias, mas quase de certeza que não as tinha. Precisava do meu número de telefone. Tomou nota num livro de palavras cruzadas que foi buscar dentro de casa.
- É o meu vício. Levanto-me muito cedo para cuidar do jardim pela fresca. À tarde, passo o tempo a fazer palavras cruzadas.
- Parece que faz muito bem à mente. E o seu jardim é um pequeno paraíso.
- Gosto de o estimar em memória da minha mãe. Foi ela que mo deu e sei que gostava dele assim. Às vezes, as pernas não me ajudam muito, mas vou fazendo o que posso.
Não me ligou, por isso não devia ter as tais fotografias.
Mesmo assim, valeu a pena a visita e ter estado um bocadinho à sombra de árvores antigas.
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