Não sei quantas são, mas são bastantes as avós daquela rua. Durante o dia, varrem, arranjam as plantas da varanda, fazem a comida...
Mas não conversam com as vizinhas como conversavam. Não recebem os netos em casa como acontecia antes da pandemia. Não vão tomar o cafezinho à hora certa como dantes faziam. Não vão às compras como iam, sabendo sempre novidades sobre aquilo que viam e sobre as pessoas que encontravam. Não vão ao Centro de Saúde onde podiam contar coisas à médica, enquanto ela fazia o relatório...
Mas o que lhes custa mais é não estarem com os netos. Só os veem a acenar do carro e só de vez em quando.
Há pouco, uma dessas avós disse, da sua varanda para a vizinha que estava na outra varanda próxima, que chora todos os dias com saudades dos netos.
Há pouco, uma dessas avós disse, da sua varanda para a vizinha que estava na outra varanda próxima, que chora todos os dias com saudades dos netos.
Ela ouviu-a por uns segundos, mas logo fechou a porta da varanda e quase sem se despedir.
A vizinha não estava com máscara e parecia que ia dar um espirro.
Ficou na varanda a olhar a rua à espera de ver passar alguém.
Ficou na varanda a olhar a rua à espera de ver passar alguém.
Bom dia:- O MEDO contamina a mente e domina o dia a dia das pessoas mais velhas, nomeadamente com mais de 65/70 anos. E, parece, que têm toda a razão para terem medo. O covid-19, não escolhe quem ataca, e "nasceu" para matar.
ResponderEliminar.
Um dia feliz
Cuide-se.
É verdade. Oxalá que, com o tempo, tudo volte à normalidade.
ResponderEliminarM.
Triste o que estão a passar
ResponderEliminarÉ mesmo. Pode ser que, daqui para a frente e com os devidos cuidados, todos possam conviver mais.
ResponderEliminarUm beijinho
M.