O tempo de pandemia que estamos a viver é difícil - talvez o mais difícil que muitos de nós tiveram ao longo das suas vidas.
Todos os gestos que fazemos, cada atitude que tomamos pode influenciar quem está à nossa volta. Para o bem e para o mal. E a cadeia pode ser interminável.
Esta crise imensa e global reafirma, sem qualquer contestação, que o papel de cada um é fundamental por onde passa, seja onde for. Seja quem for. Tenha a idade ou estatuto social que tiver.
Felizmente, os seres humanos, de uma maneira geral, têm uma grande capacidade de adaptação.
No espaço de horas, ouvindo todos os alertas, deixámos de dar beijinhos, apertos de mão, abracinhos...
Sem abrandar, felizmente também, os afetos tão necessários à vida de todos. O whatsapp e outras redes (que não tenho) facilitam a interação e partilha de muitas preocupações, mas também de motivos de esperança. E de bom humor, que também é fundamental. E de reafirmar que estamos juntos, apesar de cada um estar em sua casa.
E, apesar de haver sempre tantas coisas para fazer lá fora, a grande maioria das pessoas pode e deve ficar em casa. E o que parecia muito importante e urgente, em muitos casos, deixou de ser prioritário.
E, num momento de mudança de ritmo das nossas vidas, também muita coisa em casa pode ser reorganizada.
Tenho uma amiga que diz que vai pôr muitas coisas em ordem, o que não conseguia fazer há muito tempo.
Por mim, vou tentar ler mais e também arrumar gavetas e prateleiras. E ouvir música. E ver uns filmes. E ver ou ouvir notícias. E passar a ferro. E cozinhar um pouco a mais para congelar e ter para a família. E regar os vasos. E lavar cada vez mais e melhor as mãos...
Mas também quero olhar pela janela e ver as árvores. E o meu quintal. E as pessoas nas varandas. E os amigos a dizerem-me adeus. E olhar as cores incontáveis do céu. E espreitar as estrelas...
Haja saúde e a quarentena não desilude!
Estão a ser dias estranhos.
ResponderEliminarMuita saúde e um beijinho à distância
Mesmo, Gábi.
ResponderEliminarMuita saúde também.
M.