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Poderia começar por Era uma vez..., mas prefiro ir direta ao assunto num dia em que o racismo não pode nem deve ser ignorado.
A minha neta frequenta uma escola primária e pública em Londres - onde as crianças começam a sua escolaridade no ano letivo em que fazem cinco anos.
Conheço um pouco dessa escola (cujos resultados mostram que funciona bem), porque já fui buscar a minha neta bastantes vezes e falamos da escola em casa.
O alto portão de grades, que dá para o espaço largo e aberto, abre-se às 15.30 e os adultos vão à respetiva sala buscar as suas crianças, onde à porta está a professora.
Na sua grande maioria, quem espera as crianças são as mães: árabes, negras, brancas, tal como as crianças. Estas, tanto na sala de aula como no recreio, brincam, comunicam, falam, tudo de forma natural, o que também é cada vez mais legítimo e natural.
Muitos adultos deviam seguir estes exemplos e de muitos outras crianças.
Oxalá que elas não aprendam, fora da escola, o ódio ou a humilhação pela sua cor de pele.
Em estádios de futebol, na política, na rua, em muitas casas e em muitos outros lugares, existem homens e mulheres que usam inexplicáveis filtros e defendem o seu mundo de uma só cor. E há também os que se encostam a esse mundo, preferindo, cobardemente, fingir que não sabem, que não veem, que não ouvem...
E não compreendem que é nefasta a história que vão escrevendo.
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