Às vezes, dou comigo a pensar na transformação provocada por uma pessoa ou por um pequeno número de pessoas. Para o bem e para o mal.
E isto passa-se desde o espaço doméstico ao governo de um país ou no contexto mundial. O papel de uma pessoa pode modificar o ambiente de uma casa ou de uma família, abrindo-a à alegria, ao amor, à atenção solidária ou criando solidões, queixumes, desconfianças e bodes expiatórios.
O mesmo se passa em muitas instituições e empresas. Muitas vezes, os dirigentes, sobretudo quando estão no cargo demasiado tempo, passam a dizer "eu" - eu fiz, eu faço, eu farei... O que está subjacente é o aviso de que "eu quero, posso e mando", revelador da intenção de se engrandecer individualmente e menorizar o trabalho dos outros, sobretudo daqueles com quem não se cria empatia por divergências diversas.
Ora, se assim for, diminui o estímulo à melhoria constante a nível humano e profissional, sendo ampliado o egocentrismo, o amiguismo e o mau ambiente.
A nível da governação mais alargada, acontece o mesmo. Há figuras, como o Presidente da República, que podem impulsionar o país, levando-o a acreditar nas suas potencialidades e a fazer cada vez mais e melhor ou, pelo contrário, a cerrar o rosto e a sentir o vazio da incomunicação e da medrosa mesquinhez.
Pela positiva é, sem dúvida, o caso de Marcelo Rebelo de Sousa (às vezes, pecando por excesso); pela negativa, surge(-me) logo Aníbal Cavaco Silva - tantas vezes pecando pelos defeitos que sempre explicitou como virtudes.
A nível internacional, o cenário não é nada melhor, proliferando fontes de mentira, desrespeito e corrupção.
O país e o mundo precisam cada vez mais de bons exemplos!
Como de água para a boca.
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