Feriado. Podia preguiçar mais um bocadinho. Foi o que fiz. Soube bem. O tempo está frio. Cinzento. Chuvoso. Gostava era de ouvir a chuva a cair. É bom estar em casa e ouvir o barulho da chuva. Cada vez mais, mas tem-se ouvido cada vez menos.
Quero fazer a árvore de Natal. Há uns anos que a fazia com ramos secos de árvore. Faz-me impressão ver árvores cortadas ou arrancadas para esse efeito. Embora algumas sejam arrancadas com critério e por necessidade da organização da floresta. Vi há pouco uma notícia vinda dos Açores que achei de relevo: venda de árvores etiquetadas pelos serviços florestais para garantir que não eram cortadas indiscriminadamente.
Optei este ano por comprar uma árvore artificial. Vem a Clarinha e julgo que a magia será maior do que os ramos secos, ainda que com enfeites bonitos.
Este ano, em Londres, ao ver as luzinhas acesas na árvore de Natal, vi o sorriso e os olhinhos dela a iluminarem-se.
O tempo continua cinzento mas a chuva mal se ouve.
Daqui a pouco, o peixe do forno vai exalar um cheirinho quente. Espero eu. E a abóbora assada com batata doce. Novos hábitos e sabores que vamos adquirindo.
Oxalá possa ouvir a chuva cair nem que seja à noite.
E que as luzinhas que vou pôr na árvore de Natal acendam também o sorriso da Clarinha. E não só.
E que as coisas, aparentemente sem importância, continuem a ter importância.
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