Depois de semanas a fio sem pingo de chuva, de tempo quente que mais secou a terra já tão ressequida, depois dos gravíssimos e destruidores incêndios de domingo, eis que a chuva cai, ajudando os bombeiros na árdua função de apagar incontáveis fogos.
Só que banidas as cortinas tenebrosas do fogo e do fumo, ficam mais a descoberto as negras ruínas das casas, fábricas, florestas...
Os relatos e testemunhos mostram que foi tudo muito mau.
Muitos jornalistas, comentadores e políticos insistem na demissão da ministra da administração interna. Ao mesmo tempo, os media dão voz a especialistas e investigadores no sentido de melhorar a reorganização da floresta para que as catástrofes deste ano não voltem a acontecer.
Porém, não são esquecidos os lobbies que impedirão que muitas mudanças saltem do papel.
O homem está presente, de facto, para o bem e para o mal.
Enquanto isso, homens e mulheres perdem a vida em zonas do país cada vez mais desprotegidas e despovoadas.
Felizmente choveu, mas não se pode esperar que o remédio venha sempre do céu.
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