Ontem, fui a um Centro Comercial e utilizei o tapete rolante. A descer havia uma única pessoa para além de mim. O tapete ia deslizando, eu ia caminhando, mas essa pessoa, parada no meio do tapete e de mãos na cintura, ocupava todo o espaço, impedindo a passagem.
Continuei e, quando já estava muito perto dela, pedi licença para passar. Como a senhora não ouvira os meus passos, acho que se assustou um pouco e deu-me passagem.
Não sei se depois se encostou à direita, como deveria ser, porque não olhei para trás.
Logo a seguir, fui levantar dinheiro numa caixa multibanco.
Atrás de mim, uma pessoa estava tão próxima que eu quase ouvia o seu respirar. Se tossisse, eu apanharia, por certo, com o bafo no pescoço.
Apetecia-me dizer que se afastasse um pouco, o que não tive nem teria coragem de fazer.
São pequenas coisas, é certo, mas evitá-las só traria um pouco mais de conforto aos demais.
Mas há quem não pense nisso. Ou quem não saiba que deve pensar nisso.
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