domingo, 26 de fevereiro de 2017

“A Noite da Iguana”, de Tennessee Williams (1911-1983)

A peça está no Teatro Nacional de S. João, no Porto e fui vê-la ontem à noite.
O ator principal é Nuno Lopes, mas relevantes são também Maria João Luís, Isabel Munoz Cardoso e muitos outros que trabalham em palco durante umas duas horas e meia, criando ambientes sombrios mas humanos.
É um espetáculo longo porque a noite também é longa, passada num hotel fraco da costa do Pacífico. O hotel é gerido por uma mulher que acabara de perder o marido que não amava. Um dos hóspedes é um ex-pastor religioso que foi caindo em abismos empurrado pelo álcool, atraído por raparigas muito jovens, mergulhado em desespero e que tenta sobreviver como guia turístico de senhoras católicas dando-lhes a conhecer monumentos do México.
Duas outras personagens são um avô e uma neta, ele poeta de pouco talento e ela, pintora que tenta vender os seus quadros, mas não consegue. Vivem na miséria e pedem para ficar no hotel, apesar de não poderem pagar. 
E todos dialogam sobre a sua condição - por vezes de modo dramático, outras com humor, embora sarcástico.
Ah! E existe uma iguana presa que acaba por ser libertada.
Tal como qualquer uma das personagens desejaria. O final deixa entrever a esperança.

6 comentários:

  1. Li a peça há muitos anos, já não me lembrava se na peça a iguana escapava ou não, ainda bem que sim.
    Gostava de ter ido ver a peça. Talvez no futuro haja outra oportunidade e também por isso gostei muito de ler este post.
    um beijinho e bom Domingo
    Gábi

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  2. Que bom, Gábi.
    Também gostei muito que a libertação acontecesse.
    Beijinhos

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  3. Também vi, também vi!!!
    http://carruagem23.blogspot.pt/2017/02/viagens-no-mundo-de-deus-ou-da-vida.html
    Beijinho.

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  4. Foi muito bom, não achaste?
    havia lá tanta coisa que faz parte da vida!
    Abraço
    M.

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  5. Verdade! Da vida de cada um de nós, sempre feita de momentos também críticos e de outros mais voltados para a busca de (alguma) felicidade e de estratégias de sobrevivência.
    Gostei muito. Também com Maria João Luís e Nuno Lopes era difícil que não fosse muito bom.
    Beijinho.

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