Numa manhã de agosto, mãe e filha passaram pela confeitaria Gail - recentemente aberta em West Hampstead, nos arredores de Londres,
Pediram café e uma fatia de bolo. Em inglês, continuando a falar entre si em língua portuguesa.Foi quando, do lado de dentro do balcão, um funcionàrio perguntou: 'querem um garfo'? Como não era habitual ouvirem falar português, só passados uns segundos as suas palavras foram assimiladas, seguidas logo de um sorriso e de um obrigada.
Após alguns dias, uma delas passou por lá outra vez na esperança de ver o mesmo funcionàrio e pedir-lhe um café bem tirado. Bem mesmo à maneira portuguesa - o pedido e o café. Só que o homem não estava lá. Ela pediu na mesma um expresso - sendo-lhe perguntado se era para levar ou tomar à mesa e se o café era duplo ou single. Respondeu que era para tomar lá, que era single e deram-lhe um número para ser identificada a mesa onde iria sentar-se,
Dentro de alguns minutos, chegava um jovem funcionário com o café bem curto, bem azedo, bem morno que foi tomado em dois ou três goles. E mostrou admiração pela cliente tomar apenas o café sem comer nada. E talvez por aquele liquidozinho escuro no fundinho da pequena chávena custar duas libras.
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