Catalina Alwin |
Na escola, continuava uma campanha de solidariedade para ajudar uma aluna que ficara com graves sequelas após uma operação que, aparentemente, não traria quaisquer complicações. Sem ajudas exteriores, dificilmente os pais poderiam fazer frente a todas as despesas.
A comunidade escolar mobilizou-se, graças a um grupo de professores.
Houve recolha de donativos, lanches, saraus, etc. e o objetivo era comum: angariar fundos para ajudar Maria, que deixara de ser autónoma.
E os olhos de muitos sorriam perante alguns jovens que tomavam iniciativas para ajudarem a colega de escola, de muitos até desconhecida.
O tempo foi passando, muitos professores e alunos chegavam à escola pela primeira vez, outros tantos iam saindo. Algumas atividades, porém, persistiam porque muitos continuavam a acreditar no valor da solidariedade.
Assim, uma vez por mês, um rapaz, pré-universitário, excelente aluno, no final da aula, aproximava-se discretamente da diretora de turma e dizia: É para a Maria, abrindo a mão, sem alarde. A professora agradecia, reconhecendo a generosidade e acrescentando que, no intervalo seguinte, entregaria o donativo ao grupo dinamizador. O grupo iria também apreciar muito este gesto. E ele dizia: eu apenas gosto de ajudar, entregando a pequena nota. Dobradinha em quatro.
Felizmente (ainda) há jovens assim.
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