Emília Nadal
O Silêncio
Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.
Eugénio de Andrade, in "Obscuro Domínio"
E apetece este O Silêncio feito pólen...
ResponderEliminarEugénio sabe bem dizer desse silêncio! E eu gosto tanto de o ler, mastigando de mansinho as palavras...
beijinho e bom FDS!
IA
Também gosto muito da poesia de E.A. e, em muitos momentos da vida atual, apetece, de facto, "O Silêncio". "mastigando de mansinho as palavras..." (Lindo!)
ResponderEliminarObrigada
Bom fim de semana
M.