A palmeira da ESG não é uma simples palmeira. É um sítio
com muitas histórias. Há quem diga até que se a palmeira falasse, muito teria
para contar. Talvez por ser um local simbólico não foi derrubada pelas obras a
que a escola foi submetida.
Durante muitos anos, era o ponto de encontro, sobretudo
nos “intervalos grandes” da manhã e da tarde. Havia bancos à sua volta que eram
ocupados pelos alunos. Traziam-nos os mais variados motivos: a amizade, o amor,
a vontade de desabafar, o desejo de comunicar, de falar, de interagir de forma
mais descontraída...
A palmeira “entrou” em histórias escritas por alunos, a
sua imagem saiu em jornais da escola e, sobretudo, foi tendo lugar na memória
de muitos jovens, ao longo de diferentes gerações. E de professores que se
compraziam, carinhosamente, ao reconhecer que também os lugares ajudam a
construir os mais variados saberes sociais.
Hoje, sentei-me com colegas, perto da palmeira, enquanto
almoçávamos durante o pouco tempo de que dispúnhamos.
E notámos as diferenças. Não com nostalgia do passado,
mas porque o local mudou devido à nova configuração do espaço.
Apesar de continuar a ser “a palmeira”.
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