Nem 
                rei nem lei, nem paz nem guerra,
              
define 
                com perfil e ser
              
este 
                fulgor baço da terra
              
que 
                é Portugal a entristecer –
              
brilho 
                sem luz e sem arder,
              
como 
                o que o fogo-fátuo encerra.
              
 Ninguém 
                sabe que coisa quere.
              
 Ninguém 
                conhece que alma tem,
              
nem 
                o que é mal nem o que é bem.
              
 (Que 
                ânsia distante perto chora?)
              
Tudo 
                é incerto e derradeiro.
              
 Tudo 
                é disperso, nada é inteiro.
              
Ó Portugal, 
                hoje és nevoeiro...
              
 É 
                  a Hora!
Mensagem, Fernando Pessoa 

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