Cada vez me
convenço mais de uma coisa simples: muitos prazeres estão nas coisas simples e,
sem eles, a vida perderia muito do seu encanto. O mês de agosto (quando se pode ter férias, é
claro!) pode ser um tempo luminoso: estar mais disponível para ouvir e falar; fazer
caminhadas na areia molhada; saborear um arroz de peixe ou sardinhas na brasa;
ler um livro, captando melhor os pormenores da história e dos afetos; olhar a
natureza com mais atenção; partilhar energias e vontade de ser e fazer cada vez
melhor…
Há dias, vi uma
senhora numa esplanada. Já a conheço há bastantes anos. É umas das presenças frequentes
do (meu) verão à beira-mar. Ela gosta muito de falar. De um ano para o outro,
vão-se contando as novidades. Sentada à mesa da esplanada, apenas sorria a quem
passava – para que a pessoa com quem ela estava pudesse continuar a ler o
livro. Não sei se estou a ser demasiado crente, mas vi no gesto uma prova de
amor (se calhar, estou influenciada por um livro que ando a ler de Valter
Hugo-Mãe).
Observar muito do que se passa à nossa volta também dá cor aos dias, tornando-os ainda mais visíveis.
Observar muito do que se passa à nossa volta também dá cor aos dias, tornando-os ainda mais visíveis.
Não acredito
que se possa ser constantemente feliz, mas que bom é viver momentos felizes. Em agosto
(quando é possível ter férias, volto eu a dizer), se tal acontece, apetece
mesmo dizer: “Meu querido mês de agosto”!
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