Hoje, apercebi-me de que um grupo grande de alunos do Secundário passa mais de quatro horas por dia com jogos de computador. Isto corresponde, em grande medida, ao tempo que passam em casa durante a tarde. Estes mesmos alunos ao estudo dedicam diariamente menos de um quarto de tempo, relativamente ao gasto no computador.
Deste modo, muitos alunos chegam à escola com os trabalhos de casa por fazer e sem terem voltado a pegar nos livros. À pergunta: estudaram este fim de semana? respondem com um largo sorriso de quem ouve algo descabido. Muitas vezes acrescentam: claro que não, não tenho testes.
Posta a questão aos pais, a grande maioria reconhece que os filhos estudam pouco, mas não conseguem convencê-los a alterar os hábitos.
Nós, professores, também tentamos motivar os alunos, mas muitas vezes sem sucesso.
Apetece perguntar: de quem é a culpa (não gosto nada desta palavra)? E a resposta é cada vez mais difícil.
Desta vez eram mesmo quatro. Mulheres, amigas, colegas de longa data. Apareceram, apesar de se terem perdido na confusão das rotundas. O importante é que chegaram! O dia apetecia. Muito sol e muita alegria no reencontro. Ao almoço o sabor da pizza não as deixou indiferente. E o rio que corria lentamente, preguiçoso sob os seus olhares entre os risos de pequenas histórias que iam contando. E a amizade foi festejada. Disseram adeus até uma próxima. Sem computadores e/ou telemóveis. Só mesmo as palavras, os sorrisos e os olhares.
ResponderEliminarPalavras que cada vez menos se pronunciam, sorrisos esquecidos na turbulências dos quotidianos, olhares que se perdem sem verem outros olhares.
CS
Foi muito bom este novo reencontro. Amigas de longa data que se encontram, de facto, e não apenas no facebook.
ResponderEliminarUm beijinho, amiga
M.