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Quinta-feira, dia 1 de novembro, sete horas da manhã, a viajante chega ao aeroporto do Porto, rumo a Espanha. Fará escala em Madrid, e de lá seguirá para o sul do país.
Tem duas malas. A mais pequena para levar na mão. Ao fazer o check-in, dizem-lhe que a mala pequena também terá de seguir para o porão, tal como a outra. Assim acontece. Ambas serão recolhidas apenas no final da viagem e não em Madrid.
Chegada ao seu destino, pelo meio-dia, a viajante vê todas as bagagens serem recolhidas do tapete rolante, mas a mala mais pequena não aparece. Aguarda mais um tempo, na esperança de a ver lançada para o tapete. Nada. Vai ao balcão e tenta saber informações sobre o paradeiro da mala.
Não, não há malas retidas nem sobrantes. Terá de aguardar após a reclamação por escrito.
No final da tarde, a viajante liga para o número constante da reclamação. Não, não têm mala nenhuma. Terá de aguardar.
No dia seguinte, a viajante volta a ligar para saber da mala. Pois, a mala ficou no Porto.
A viajante liga para o Porto. Não, aqui no Porto não há mala nenhuma com essa descrição. Tem de estar no aeroporto de destino. Terá de aguardar. Não é da nossa responsabilidade. Quem tem de saber do paradeiro da mala é o aeroporto onde desembarcou.
Novo contacto para o aeroporto de destino. A mala está no Porto, porque aqui não temos bagagem retida.
Nova ligação para o Porto. Terá de aguardar que a mala apareça. Não temos informação sobre a mala e o código está incompleto. Faltam dois algarismos, por isso é difícil localizar a mala. Mas, um momento, por favor. Mais um momento. Estou a tentar contactar com os meus colegas de Madrid. A minha experiência diz-me que a mala perdeu a etiqueta e ficou posta de lado.
????!!!!
Mais um momento, por favor. Terá de ver que o aeroporto de Madrid é um mundo. O melhor é deixar o seu contacto e ligo-lhe quando tiver outras informações.
Sábado. 11.30 da manhã. A viajante, continuando sem notícias, contacta de novo o aeroporto de destino. Não, não temos a mala. Talvez ainda esteja no Porto. Tem de aguardar.
Novo contacto para o Porto. Não, isso não é verdade. A mala não ficou no Porto. Um momento, por favor, vejo que a mala já foi localizada. Está em Madrid. E quando irá ser entregue? Isso não sabemos. Terá de aguardar.
Domingo de manhã, dia 4 de novembro, o telefone toca: a mala vai ser entregue. Deverá esperar. A viajante esperou três horas pela entrega da mala.
Dentro da mala, também havia um carregador de telemóvel. Ainda bem que a bateria ainda deu para tanto telefonema - que ajudou a tirar a mala do canto para onde teria sido atirada.
A viajante viajou na TAP e na Air Europa. O bilhete de embarque, incluindo a escala, foi pago à TAP.
Se fosse em low-cost é porque era low-cost!
ResponderEliminarNa TAP e na Air Europa foi por causa de não ser low-cost.
Ainda assim, e apesar da aventura desnecessária, apareceu a mala!
Lembro-me de um episódio de um linguista francês que veio ao Porto fazer uma conferência, com escala em Lisboa. Houve uma pequena mala que também ficou esquecida na capital, só que esta levava uma bomba de ar e um aparelho de respiração necessário para a noite bem dormida do conferencista. Também apareceu, depois de muita reclamação e só depois de uma noite mal dormida.
Enfim! Malhas que estas nossas empresas aéreas tecem.
Na mala da "viajante", seguiam coisas muito necessárias às funções que ia desempenhar, embora não se tratasse, felizmente, como no caso que contas, de necessidades vitais.
ResponderEliminarSempre associei a TAP a grande segurança, mas há casos que deixam muito a desejar.
Beijinho
M.
É caso para recordar aquela canção olha a mala, olha a mala, olha a malinha de mão, não é tua não é nossa, agora acrescento eu, é da grande confusão!
ResponderEliminarTudo está bem quando acaba bem!!!
CS
Ai isso é bem verdade.
ResponderEliminarUm beijinho
M.