Comecei a andar mais devagar. Olhei as casas e revi e revivi aqueles espaços com as pessoas que lá moravam quando eu era pequena.
Nesse passado, tudo era presente e o dia não se ocupava a pensar no futuro.
Numa das casas, havia uma religiosa e meditada alegria; noutra, as gargalhadas eram tão sonoras que se ouviam cá fora; outra cheirava a cereais frescos, tinha nabiças no campo contíguo e o vinho doce escorria de cor e espuma quando alguém chegava...
Hoje passei junto de casas da minha infância. E, apesar de muitas ausências e de tanta distância no tempo, tudo parecia tão próximo!
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