São imensos os exemplos quotidianos em que o EU se opõe aos outros. E em pequenas coisas. Todos conhecemos pessoas que gostam de falar, com muito pormenor, dos seus assuntos, revelando, porém, falta de tempo para ouvir os outros.
E, atenção, eu também não serei exceção.
Para além da indisponibilidade de ouvir os outros, há também o achar que as virtudes existem essencialmente no trabalho pessoal e os defeitos só abundam no de outrem.
Vem isto a propósito das palavras do Dr António Borges a propósito de medidas que ele próprio ditou, sendo aceites pelo governo e rejeitadas pela maioria dos cidadãos, incluindo empresários. O resultado foi o referido conselheiro chamar-lhes ignorantes, uma vez que não tinham compreendido o alcance de estratégias, por si criadas, e que resolveriam problemas económicos do país, como a privatização da RTP, da CGD, da TSU e muitos etecetras em que o cidadão comum ficaria a perder cada vez mais, embora isso pouco pareça contar.
O que fará com que algumas pessoas se achem os donos do mundo e vejam os outros como uma massa de pequenos figurantes?!
Será uma questão de educação? De genética?
Sei lá bem. Se calhar nem eles. E, como não sabem pensar nisso, continuam a espalhar a sua ignorância humana.
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