Vivia sozinha e mudou-se para um andar. Uma vizinha, que estava quase sempre só durante o dia, reparou nela e nos hábitos que parecia ter. A nova residente regressava do trabalho ao fim da tarde e saía de novo para andar a pé.
Não raras vezes era seguida pelo olhar da vizinha que começou a pensar que seria uma boa companhia para as suas caminhadas. Poderiam falar de tudo e mais alguma coisa. Seria uma oportunidade de conhecer algo mais da vida de alguns vizinhos.
Um dia, viu-a sair do salão de cabeleireiro que havia no prédio. Nem mais. Quando chegou a casa, marcou o número e lá veio o habitual: Salão Sandra Martins, boa tarde. Depois de saber se Sandra estava melhor da entorse, de falar do tempo dos últimos dois dias, perguntou se já conhecia a nova vizinha do prédio. Como ouviu que sim, disse: Ó Sandrinha, pode então fazer-me um favor? Quando ela for arranjar o cabelo, pergunte-lhe se ela quer ser minha amiga.
Sandra quase deixava cair o secador. Nenhuma delas tinha facebook.
:) Assim sem facebook deve ser realmente complicado :)
ResponderEliminarOlá, Gábi
ResponderEliminarIsto aconteceu e julgo que mostra um problema de incomunicação (leia-se solidão), adotando modelos que, no caso, não têm muito a ver.
Bjs
M.