a Bernardo Sassetti
ébrio
da melodia do vento
que
lhe dedilhava
o
rosto
a
melena caída a intervalos
sobre
a objetiva
apeteceu-lhe
beber
o
azul
apanhá-lo
na lente
guardá-lo
para além da retina
para
mais tarde recordar
quiçá
tocando…
não
deu pelo vazio
sob
o pé
no
compasso
do
sem passo
as
mãos abriram-se
dedilhando
o azul do vento
ausente
o cinza-ocre da falésia…
não
morreu
voou!
agora
toca
para os outros anjos
que
lhe invejam
as
mãos
ciano puro!
IA,
Porto, 13 de maio 2012
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