Lembro-me de
alguns Dias e Noites de Reis da minha infância. Na nossa casa, havia sempre um presépio
com musgo que íamos buscar ao mato, a sítios onde as árvores não deixavam
entrar o sol.
Perto do Dia de
Reis, íamos aproximando as figurinhas de barro que seguravam o ouro, incenso e
mirra. Eram figuras mágicas porque ouvíamos contar que vinham de terras
distantes, guiados por uma estrela.
Na noite de
cinco para seis de janeiro, quase sempre muito fria, comíamos de novo bacalhau
cozido com batatas, grelos e penca. A travessa tinha desenhos verdes e, ainda agora, me
parece vê-la no meio da mesa a fumegar.
E só passados
alguns dias guardávamos as figurinhas do presépio para o ano seguinte. Apenas o
musgo seria diferente.
Belos tempos! Hoje com tendência a desaparecer.Bjs Mariana.
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