A menina fazia sete anos. A tia escreveu-lhe uma estória. Pequenina e terna. Chamou-lhe A boneca feliz. Feliz podia ser a boneca ou podia ser a menina. Pô-la em folha A4, frente e verso, em forma de livrinho. Ilustrou-a com desenhos e colagens. Ficou apelativa.
Mesmo assim, a tia não sabia se a sobrinha ia gostar. No momento de dar o presente, estava atenta à reação da pequena aniversariante. Queria dizer-lhe que reparasse na estória. Devia lê-la só depois da festa para compreender melhor.
Estava a gostar de ver a sobrinha com gosto e curiosidade. Ao lado, outra menina, dando a mão à autora da estória, disse risonha: olha, eu também vou fazer anos. É dia 30!
Também a tia ficou feliz.
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