Sei de uma professora que teve um cancro e deu aulas até ao fim do período escolar para não faltar. Vivendo sozinha, guardou para ela e para o médico a doença. Sabia que se falasse dela, começaria a chorar e aumentaria a sua tristeza, o que não seria bom para ela nem para os outros. Agora, vencida a doença, chora de alegria pelo facto de poder voltar à escola. O seu caso nunca abrirá um telejornal. Se faltasse muito, talvez.
Sei de uma professora que escreve histórias que lê aos seus alunos. Imprime-as em casa, a cores e com imagens que escolhe criteriosamente. Alguns dos seus alunos aprenderam, assim, a gostar de ler e de escrever. Se fosse desleixada, alguém falaria dela nas televisões.
Sei de uma professora que alojou em sua casa um aluno com graves problemas familiares. Ela e o marido ajudaram-no a recuperar e a acreditar em melhores dias. Se o caso não tivesse tido um final feliz, seria publicitado.
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