Ela chama-se Maria. Para além desse, tem outro nome, mas toda a gente a conhece só por Maria. O nome fica-lhe bem. É pequenino e alegre como ela.
A família está de férias. E felizmente há tempo para todos falarem um pouco mais.
A Maria gosta de aprender e é uma boa aluna. A EVT teve uma nota um pouco mais baixinha do que às outras disciplinas.
- Não gostas de desenhar?
- Gosto, tia, gosto muito, disse a Maria com o seu olhar vivo e sincero.
- Mas preferes as outras disciplinas?
- Gosto de aprender coisas diferentes, mas sabes por que tive esta nota?
- Porquê?
- Eu não gosto de pintar outros desenhos. Prefiro desenhar e pintar os meus e à minha maneira, como eu quero, disse, inclinando a cabecita num modo cheio de verdade e bem explicada justificação.
- E a professora não concorda contigo?
- Ela quer que eu pinte os desenhos já feitos, mas eu não gosto. Sabes, mesmo assim, eu fiz o melhor possível. Não gosto de pintar o que já está desenhado, mas esforcei-me e tentei fazer o melhor que pude.
Este foi um pequeno desenho esboçado numa manhã de férias.
Se estes segmentos existem, haverá espaço para linhas mais largas da esperança. O olhar expressivo de Maria ajuda a acreditar que sim.
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