Chequei ao hospital para fazer análises. Não havia fila. Fiquei admirada e contente. Vi que a funcionária, que estava junto à máquina das senhas, era simpática e faladora.
A seguir a mim, chegou uma senhora com um belo ramo de flores. A funcionária faladora, enquanto retirava a minha senha, disse, olhando para ela:
- Hoje não faço anos!
Eu, já que o clima bem disposto estava criado, disse também uma graça, sorrindo:
- São para mim!
Foi então que ouvi da funcionária faladora:
- Sou sincera, não gosto de flores!
- Não gosta?
Perguntámos as duas quase ao mesmo tempo.
- Não gosto mesmo; prefiro uma carteira, uns brincos…
E outra pessoa chegou. A linha a seguir era a rosa.
Que estranho e que estranha coincidência, pensava eu, enquanto esperava a chamada que em breve chegou: Senha 243, posto 1!