tag:blogger.com,1999:blog-1707964924150074147.post1664866838462227653..comments2024-03-25T13:00:22.349+00:00Comments on Mariana: Será isto (a)normal?Maria Dolores Garridohttp://www.blogger.com/profile/03393048582596440029noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-1707964924150074147.post-76134799423664778042013-10-06T12:45:26.779+01:002013-10-06T12:45:26.779+01:00Estou inteiramente de acordo contigo. De facto, a ...Estou inteiramente de acordo contigo. De facto, a escola (não só aquela em que trabalh(am)o(s) é cada vez mais exigente, não apenas a nível de saberes, mas também de outras competências, como saber lidar com situações difíceis, ouvir e compreender todos os alunos, usar sempre estratégias motivadoras para que não haja monotonia na sala de aula…<br />Não acho mal que tal aconteça, mas se se pretende que o trabalho seja cada vez mais eficaz, porquê pôr três dezenas de alunos na mesma turma?! Se todos estiverem disponíveis para as aprendizagens já não é fácil; se houver alguns que prefiram perturbar o ambiente da aula, então é muito complicado.<br />Sendo assim, o facto de as turmas, na sua maior parte, terem tão elevado número de alunos, na minha modesta opinião, vai trazer muitos prejuízos para os jovens, porque, em muitos casos, é só na escola que eles contactam com esses saberes. Poder-se-ão poupar uns milhões, mas os gastos futuros serão maiores.<br />Para quem não está diariamente na escola os professores passam lá muito tempo e poderão preparar as aulas, corrigir testes, etc. Porém, a componente não letiva compreende aulas de apoio, gabinete disciplinar, Bibloteca, etc. Nas horas “mortas”, raramente se pode trabalhar concentradamente, porque os ruídos são muitos e, assim, o trabalho terá de ser feito em casa.<br />Eu, que tenho bem mais do que cinquenta anos, não concordo com a afirmação da jovem colega, porque preparo as aulas. No entanto, muitas vezes, sinto também que gostaria de as preparar melhor e não tenho filhos pequenos, como a tal jovem colega, que não conheço, poderá ter. E, neste contexto, vem-me sempre à memória uma frase que ouvi de um colega, há muitos anos: “a vida não começa nem acaba na escola”.<br />Seja como for, continuo a considerar a afirmação “a professora X tem mais de cinquenta anos e prepara as aulas, o que não é normal” precipitada. Ou melhor, resulta também do facto de não termos tempo para nos conhecermos, nem os colegas nem o seu trabalho. E será que conhecemos todos os alunos? <br />O sr ministro achará que sim. Ele também tem bem mais de cinquenta anos e não parece fazer o trabalho de casa, o que, neste caso, vai parecendo normal.<br />Um beijinho e obrigada.<br />M.<br /><br />Maria Dolores Garridohttps://www.blogger.com/profile/03393048582596440029noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1707964924150074147.post-48139136050013445492013-10-05T23:47:14.060+01:002013-10-05T23:47:14.060+01:00Percebi!
Prefiro ficar-me pela dimensão pessoal, a...Percebi!<br />Prefiro ficar-me pela dimensão pessoal, até porque acredito que muito desta é transportado para a profissional. <br />Também é verdade que é por ela que esta também não é, por vezes, entendida no que tem de melhor. Infelizmente, o que se diz muitas vezes da profissão tem a ver com as experiências de vida que se tem. E quando estas são as dos nossos tempos - tão imediatas, tão para ontem e tão quantificadas (a ponto de terem de fazer parte da ditadura dos números) - ficam-se pela constatação do que lhes é incompreensível. Como se não houvesse uma outra forma (melhor) de fazer as coisas. <br />Enfim: é jovem e no salto alto das suas botas deve ser uma das professoras que, atualmente e para sobreviver, deve dar aulas em todos os sítios e mais alguns; tem níveis tão diferentes que nem sabe para que ponta se há de virar e não tem tempo para conhecer a escola, muito menos as pessoas que os alunos são; tenta fazer, por certo, o melhor que pode e espanta-se que ainda haja professores com tempo para preparar aulas. Não pode entender de outra forma, porque não lhe dão condições para que assim o faça.<br />Por mim, reconheço que, cada vez MAIS, tenho MENOS tempo para preparar as aulas (pelo menos, como eu gostaria que elas fossem). Também, estão a encher as turmas com um número de alunos que não cabe nas salas! Qualquer dia, para ceder o lugar a um estudante, tenho de vir dar a aula para o corredor.<br /> Além disso, eu sei... também tenho culpa. Estou a perder a faculdade da juventude: cada vez gasto mais tempo a corrigir testes (à média de 15/20 minutos para cada um, que fará uma turma de trinta!?! E logo eu tenho quatro! Não me posso queixar. Há quem tenha sete e oito). São horas infindáveis, que não cabem num dia nem numa semana. Só de saber que ainda faltam as composições, as fichas e os trabalhos que não tenho coragem de recusar (porque ainda há alunos que gostam de mostrar as escritas que produzem por livre iniciativa), já acaba o período letivo e ainda tenho coisas por fazer...<br /> E, 'the last but not the least', isto de ser profissional na educação e no ensino já teve muito melhores dias. Hoje a profissionalização chega ao ponto de se fazer num semestre e sem prática letiva. Tudo o resto, quando muito, deve ser tema de um seminário que fica lá para o meio de muitas outras temáticas, as quais nem sempre se revelam proveitosas para o desempenho profissional docente.<br /> Como eu gostaria de acreditar que o sucedido não viesse a ser repetido nas próximas décadas!<br /> Beijinho.<br />Carruagem 23 - VOhttps://www.blogger.com/profile/12243638902720258504noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1707964924150074147.post-68627615988979408172013-10-02T18:35:12.225+01:002013-10-02T18:35:12.225+01:00Questiono-me igualmente, mas acho que não será ape...Questiono-me igualmente, mas acho que não será apenas um problema de formação profissional, mas um problema de formação pessoal.<br />Este caso aconteceu, de facto, mas quero acreditar que não será frequente. Deus queira que não.<br /><br />Um beijinho<br />M.Maria Dolores Garridohttps://www.blogger.com/profile/03393048582596440029noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-1707964924150074147.post-51473596590460423752013-10-02T15:40:14.948+01:002013-10-02T15:40:14.948+01:00Tens razão. NADA NORMAL, efetivamente!
Mas o mais ...Tens razão. NADA NORMAL, efetivamente!<br />Mas o mais grave é que alguns professores no início da sua carreira pensem assim... Onde será que a formação de docentes errou? Depois de tantos anos de empenhamento na formação de professores e de tantas ações de formação..., como será possível que não seja normal preparar aulas em qualquer ciclo de vida PROFISSIONAL em que nos encontremos? Com opiniões como esta não vamos lá!<br />CSAnonymousnoreply@blogger.com